Sábado
Eu nunca entendi muito bem, mas o sábado parece um dia tão mais coletivo. Logo eu, que sempre fui um tanto apegada aos meus cantos sós, quando me meto à solidão aos sábados, sinto algo de desajuste. Lá fora o barulho cresce e a lua cisma em ficar cheia. Toda a gente canta, samba e fala alto na janela, como se o dia, esse dia, tivesse quase uma obrigação inadiável de se embalar. A noite pulsa. Por algumas horas, é como se todo mundo ao redor fosse menos saudade e mais baile dançante. Há sempre o espanto: não vai lá fora? Mantenho o riso e aumento meu próprio samba, há que se saber dançar ao som do próprio ritmo.
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