Sem som
Era só olhar naqueles olhos e enxergar o mundo inteiro. Carregavam alguma espécie de infinito que se escondia por trás de uns traços soltos e se deixava escorrer, vez ou outra, por algum rompante de sensação. Era possível ver dali o instante do tempo que se permitia mostrar por aquelas pequenas janelas, castanhas, cuidadosas, quase em silêncio. Sempre assim, o excesso de barulho ao redor compensava-se com o silêncio inquestionável dos teus olhos. Sem sons, sempre sibilaram sonhos e sensações em segredo.
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