Pirotecnias
Maria, uma delas, acreditava que amor mesmo era poder amar sem pirotecnias. Teve certeza que era certo mesmo naquele dia, deitada ao sol sem um centavo no bolso, a canga no chão, o outro a lhe sorrir umas bobagens. Batia um vento fraquinho e passava gente vez ou outra, logo em cima um coqueiro quase alto – ainda sem coco – fazia uma sobra certeira em um bom pedaço de chão. Surgia nuvem diferente a toda, o barulho da água se escutava bem pouquinho, a conversa era solta e o tempo ainda mais. O cabelo já bagunçado, o rosto suado, maquiagem por fazer e a alma toda nua, sabia-se linda. O assunto saía, silenciava, dançava outra música e outra vez retornava, ninguém mais haveria de saber. O olho ainda aberto, por vezes semicerrado, esquecia o que havia ao redor. Maria, jogada ao sol, apenas sorria. Não é assim que haveria de ser?
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