Foi-se
Antes de tudo, deveria saber
Tua passada foi um trago, um sopro, um rasgo
Um instante sem juízo, uma loucura antecipada.
Era uma passada sem ritmo em meio
A uma calçada quebrada.
Era o instante eterno, atormentado por um não,
Uma espécie de desejo contínuo,
Atravessado por uma fria e inerte pulsação.
Uma terra seca que racha e derruba o passo
De quem insiste em modificar o chão.
Antes de tudo, deveria saber
Que a sensação de vazio é o mistério que mata
Qualquer insana vontade contínua
Que se afasta da própria – e interna – imensidão.
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