Festival Dulcina de Teatro movimenta os palcos do Conic com diversidade cênica
No último fim de semana Brasília recebeu a abertura do Festival Dulcina de Teatro, que reúne espetáculos, oficinas e exposições até o dia 3 de dezembro no Conic. Além de nomes conhecidos da cena local, grandes artistas de renome nacional, como José Celso Martinez, passam pelos palcos de um dos mais tradicionais teatros da cidade. Por fim, todas, as apresentações são gratuitas e essa promete ser a primeira de muitas edições.
A diversidade de linguagens cênicas foi um dos pilares na escolha da curadoria para as apresentações, misturando diferentes temáticas e trajetórias em cena. O curador do projeto, Humberto Pedrancini, destaca que as narrativas transitam entre espetáculos de rua, de palco, de sombras, tradicionais, com cadeirantes. Logo depois, apresentações sem palavras ou com muitas palavras.
Espetáculo: Essa coisa chamada Amor (Foto: Studio Sartory)
Entre os representantes da cena local, nomes queridos pela produção cênica brasiliense, como o do diretor Fernando Guimarães, um dos professores mais tradicionais da instituição. Fernando participa do festival com o espetáculo Essa coisa chamada amor, que cria, enfim, uma narrativa para questionar as relações amorosas e suas inadequações às realidades cotidianas.
Força cênica de Dulcina de Moraes
O festival busca resgatar a movimentação cultural do Conic e consolidar a importância do espaço após os últimos anos, marcados por uma intervenção do Ministério Público e intensa reestruturação. Importante patrimônio cultural da história do teatro brasileiro, a Faculdade de Artes Dulcina de Moraes carrega, enfim, o legado da atriz que transferiu seu sonho e sua obra para a capital.
DeBanda – César Lignelli ( (Foto: Diego bresani)
Tida como uma das primeiras faculdades de artes reconhecida no país, a instituição foi criada em 1955. Logo depois, foi transferida para a capital na década de 1970, com projeto de Oscar Niemeyer, que deu vida às ideias de Dulcina e do então presidente, Juscelino Kubischeck. Ao transferir para Brasília, enfim, a sede da Fundação Brasileira de Teatro (FBT). Desde então, o espaço foi palco para inúmeros artistas, pensadores e importantes grupos de diferentes lugares do país, que conferiram, por fim, ao teatro localizado no coração do DF o título de bem cultural indispensável.
Setor de Diversões Sul
Localizado no coração da capital, entre a rodoviária de Brasília e um amplo fluxo de moradores. O Conic se fortalece para mostrar a vocação cultural de sua cidade de origem. Por fim, cria uma ampla rede de cultura orgânica, o Setor de Diversões Sul se transforma em ponto de encontro da diversidade.
Seja entre as cores do grafiti, o som do rock, as batidas do break, a elegância do artesanato ou o diálogo teatral, o espaço se destaca como um forte eixo de expressão artística e diálogo cultural. Enfim, no centro de toda essa efervescência a faculdade é responsável por grande parte das mudanças no local e importante agregador de artistas e moradores.
Serviço
FESTIVAL DULCINA
De 24 de novembro a 3 dezembro
No Complexo Cultural Dulcina (CONIC, SDS, Edifício FBT, Bloco C N°. 30/64)
Entrada gratuita.
A distribuição dos ingressos será feita 2 horas antes de cada apresentação, enfim, na bilheteria do Teatro Dulcina. Limitado a até 2 ingressos por pessoa.
PROGRAMAÇÃO
24/11 (Sábado)
16h – Abertura da exposição Acervo DeBanda – Galeria Dulcina
20h – Paranoia– Grupo Oficina (SP) – Teatro Dulcina
21h – Logo depois, Bate papo com José Celso Martinez Correa – Teatro Dulcina
25/11 (Domingo)
20h – Essa coisa chamada Amor– Fernando Guimarães (DF) – Teatro Dulcina
26/11 (Segunda)
20h – Quando os elefantes saem para passear– Marcela Hollanda (DF) – Teatro Conchita
21h – Logo depois, Essa coisa chamada Amor – Fernando Guimarães (DF) – Teatro Dulcina
27/11 (Terça)
19h30 – Aula espetáculo – Humberto Pedrancini – Teatro Conchita
21h – Essa coisa chamada Amor – Fernando Guimarães (DF) – Teatro Dulcina
28/11 (Quarta)
15h e 20h – 2 Mundos – Cia Lumiato – (DF) – Teatro Dulcina
29/11 (Quinta)
15h e 20h – O Disquite do Coroné – Brasil Cantante (DF) – Teatro Dulcina
30/11 (Sexta)
20h – Similitudo – Projeto PÉS – Teatro-Dança com Pessoas com Deficiência (DF) – Teatro Dulcina
1/12 (Sábado)
21h – Aquilo que meu olhar guardou pra você – Grupo Magiluth (PE) -Teatro Dulcina
2/12 (Domingo)
20h – Provável Paraíso Perdido – Coletivo Esperanza (DF) – Teatro Dulcina
3/12 (Segunda)
14h às 18h – Workshop Provável Paraíso Perdido – Coletivo Esperanza (DF) Teatro Dulcina
19h – DeBanda – César Lignelli (DF) – Praça Zumbi dos Palmares
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