Ao mar
Eu queria fechar os olhos e alcançar outra vez o mar, enquanto acreditava que toda primeira doce vontade era um território possível. Eu queria dar as mãos outra vez ao tempo, como fazíamos quando os anos pareciam tão eternos quanto vivamente possíveis de se alcançar. Eu queria beijar outra vez o instante, sem sentir desejos de invencionice ou passos de memória. Eu queria crer em correr o mundo. Enquanto isso, senta risonho e despretensioso o tempo. Tem sempre aquela cara de menino. Mas menino levado, daqueles que não se importam em fazer travessuras à toda gente. Eu queria, outra vez, voltar ao ponto em que nos era possível fazer travessuras atemporais. Enquanto isso, abriria os olhos, alcançando outra vez o mar.
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