Anne de Green Grables, L.M. Montegomery
A fantasia, a imaginação e o sorriso de Anne de Green Grables tornam-se cada vez mais necessários. A série de livros, escrita por Lucy Maud Montgomery, é de uma doçura fantasiosa incrível. Além disso, a escrita da autora é boa e fluida, tornando possível percorrer todas as páginas sem ter vontade de chegar ao fim.
O livro, publicado em 1908, ganha destaque e atualidade ao dialogar com diferentes gerações, ressaltando a importância de manter uma mente imaginativa, em movimento e sempre cheia de ideias.
A história da menina órfã que ganha uma nova família e chega para mudar a vida de dois velhos irmãos solitários pode emocionar e despertar boas sensações para leitores de diferentes idades.
O livro fez sucesso, percorreu os anos e ganhou uma adaptação em série na Netflix, que mostra igualmente a beleza simples do cotidiano de Anne de Green Gables. A menina mergulha nas narrativas criadas por sua própria imaginação fértil para driblar uma infância difícil antes de se mudar para a florida fazenda de Green Gables.
Por fim, a narrativa é simples e a história tem olhos plenamente voltados para os personagens. Eles cativam o leitor com uma bagagem poética e bem construída. Anne de Green Gables é um ponto de sorriso e beleza cotidiana que ganha contornos ainda mais envolventes em uma sociedade como a atual, baseada no trabalho intensivo, na pressa e na praticidade. Em Green Gables há espaço para caminhadas tranquilas, para contemplar as flores, dar nome às árvores, viver amores e fazer novos amigos. E o que poderia ser mais importante?
Anne é apaixonada por livros e pelas palavras. Inventa histórias com a mesma facilidade em que se mete em confusões e é capaz de abrir um sorriso até no rosto mais fechado. Ao longo da leitura mergulhamos facilmente nas invencionices de Anne. Uma casinha construída no meio da floresta. Um clube de leitura, a criação de novas histórias, a empolgação com um pic-nic ao meio dia, a vontade de aprender e, enfim, a felicidade ao descobrir um novo vestido.
Montgomery captou bem o cotidiano gostoso de quem se permite o prazer das emoções ao longo do dia. Gosto de pensar na possibilidade de viver mais como Anne. De aprender, enfim, a contemplar cada detalhe que nos rodeia e de enxergar a beleza de todas as coisas. Um pouco de criatividade e coração aberto fariam muito bem aos novos tempos.
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