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Foto do escritorIsabella de Andrade

Afinal

Era enfim, dentro dos mesmos olhos, possível paralisar o mundo por inteiro. Ouvíamos somente o som doce que pulsava da própria respiração. Permitíamos os caminhos, era aquele o mais aberto sim, desnudo de todo receio.

O quintal explode do lado de fora e antes que tudo nos pareça imbecil, impróprio, impotente e inacreditavelmente inumano, nos agarraremos outra vez a algumas tantas páginas que pareçam se derramar de amor. Somos o próprio vazio do silêncio esquecido no tempo. Vai-se a noite, voltam os olhos, ficam os papeis. É o que nos resta.

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